No ano em que comemora seus 70º aniversário, Nelson Freire, um dos maiores vultos da música clássica mundial, volta a Porto Alegre para se apresentar com aOrquestra Sinfônica de Porto Alegre. No dia 16 de dezembro, terça-feira, às 20h30, o pianista mineiro sobe ao palco do Salão de Atos da UFRGS – local onde fez a sua primeira apresentação com a Ospa, em 1969, sob a regência de Pablo Komlós – para interpretar o “Concerto para piano e orquestra nº 2”, deFrédéric Chopin (1810-1849). Os ingressos para o concerto já estão esgotados.

A última ocasião em que Nelson Freire apresentou-se com a Ospa foi em 1995, sob a batuta de Cláudio Ribeiro. Outros maestros que regeram esta parceria foram Arlindo Teixeira, Eleazar de Carvalho e Howard Mitchell, além de Pablo Komlós. Desta vez, a condução é do sul-coreano Shinik Hahm, um dos maestros mais dinâmicos e inovadores de sua geração. Para completar o programa do concerto especial, ele conduzirá a orquestra na interpretação da “Sinfonia nº 6”, de Pyotr Ilyich Tchaikovsky.

O evento integra as comemorações dos 80 anos da Universidade. A partir do dia 11, a comunidade acadêmica poderá retirar senhas para assistir ao concerto.

Mais informações no site www.ospa.org.br.

Sobre o “Concerto para piano e orquestra nº 2”

Consagrado como ícone do piano romântico, o polonês Chopin compôs o “Concerto para piano e orquestra nº 2” entre 1829 e 1830, aos seus 20 anos, quando ele ainda não tinha terminado a sua educação formal. Na estreia da obra, no Teatro Nacional de Varsóvia (Polônia), foi aclamado como um herói nacional. Mesmo que suas composições demonstrassem um desejo de sofisticação formal desde cedo, seus primeiros trabalhos, como este, se estabeleceram no repertório da música clássica mais pela poesia dos seus detalhes, muito imaginativos e pessoais.

Nelson Freire, solista

Nascido em Boa Esperança (MG) e radicado no Rio de Janeiro, Nelson Freire é hoje um artista mundialmente consagrado. Com 12 anos, foi classificado como finalista no I Concurso Internacional de Piano do Rio de Janeiro, e recebeu do então presidente Juscelino Kubitschek uma bolsa de estudos que o levou a Viena.

Seu grande début se deu aos 23 anos, numa apresentação em Londres considerada pela crítica como sensacional. O crítico do Times chama-o então “o jovem leão do teclado”.

Com atuações em cerca de 70 países, Nelson já gravou para a Sony/CBS, Teldec, Philips e Deutsche Grammophon. Desde 2003, tem contrato de exclusividade com a DECCA. Seus discos obtiveram os prêmios Diapason d’Or, Grand Prix du Disque, Victoire d´Honneur, Edison Award, Gramophone Award e o Grammy Latino por “Nelson Freire Brasileiro”, em 2013.

É constantemente convidado a integrar o júri de grandes certames internacionais de piano como os concursos Chopin, Tchaikovsky e Van Cliburn. Em 2002, o cineasta João Moreira Salles estreou o documentário “Nelson Freire – um filme sobre um homem e sua música, comovente retrato do pianista, de sua vida e arte.

Shinik Hahm, maestro

Reconhecido como um dos maestros mais dinâmicos e inovadores de sua geração, o sul-coreano Shinik Hahm integra o corpo docente da Yale University, nos Estados Unidos, desde 1995.

Entre 2010 e 2012, ocupou os cargos de diretor musical e maestro titular da KBS Orquestra Sinfônica, principal orquestra da Coreia do Sul. Com ela, Hahm realizou turnê, apresentando-se na Assembleia Geral das Nações Unidas, no Carnegie Hall e no Kennedy Center.

Ele também esteve à frente da Orquestra Filarmônica de Daejeon entre 2001 e 2006, período no qual a formação foi aclamada internacionalmente em concertos nos Estados Unidos e no Japão. É fundador e diretor artístico da S.O.N.G (Symphony Orchestra of Next Generation).

Hahm foi vencedor do Gregor Fitelberg Concurso para Regentes, premiado no Walter Hagen Prêmio de Regência da Eastman School of Music, recebeu distinção da Shepherd Society da Rice University, e foi condecorado com a Medalha Arte & Cultura do governo sul-coreano.