Governo do Estado do Rio Grande do Sul
Secretaria da

Cultura

Início do conteúdo

O "Negrinho do Pastoreio, o folclore gaúcho" - tem entrada franca na CCMQ

Publicação:

A Cia. Molhados na Chuva conclui a 3ª edição do projeto "Girando Bonecos", no dia 30 de abril (quinta-feira), com a apresentação de "Negrinho do Pastoreio, Folclore Gaúcho", na Casa de Cultura Mario Quintana (CCMQ). Serão duas sessões abertas à comunidade, às 15h e 20h, com entrada franca.

"O Negrinho do Pastoreio" é uma adaptação do texto de Simões Lopes Neto que se tornou uma das mais conhecidas lendas do folclore gaúcho. A fantástica história de superação e fé conta a dura vida de um pequeno menino escravo, que vivia numa estância no interior do Rio Grande do Sul. Mesmo maltratado pelo seu patrão, nunca desistia de seus afazeres e de seu amigo inseparável: o Cavalo Baio.

O projeto é financiado pelo fundo de cultura Financiarte da cidade de Caxias do Sul, que pela primeira vez oportuniza que grupos circulem seus espetáculos para além do município. O espetáculo está circulando em quatro cidades serranas - Flores da Cunha, Veranópolis, Nova Petrópolis e São Marcos - e seu encerramento será na Casa de Cultura Mario Quintana (CCMQ). A iniciativa tem abrangido gratuitamente a comunidade em geral, atingindo, em média quase 2 mil espectadores nos três municípios já abrangidos pelo projeto.

show_img (3)

História

"Negrinho do Pastoreio" é uma das maiores lendas do estado do RS, quando ao final do século XIX, João Simões Lopes Neto registra este conto no folclore gaúcho. E agora a Cia. Molhados na Chuva apresenta sua adaptação inspirado neste texto para o teatro de bonecos.

Tudo se inicia com um belo amanhecer na campanha, terras ao sul do Rio Grande do Sul, em tempos que as grandes charqueadas e as estâncias predominavam. Numa delas havia um pequeno menino negro na dura lida do campo, mas que tinha ele, muita alegria em tudo que fazia apesar de ainda ser escravo de um Estancieiro muito severo que naquela mesma manhã preparou-se e foi até a pequena Vila com seu belo cavalo Baio. Lá chegando encontrou-se com outro estancieiro da região que o provocou até que viesse a aceitar uma aposta de carreira entre o seu Zaino e o Baio. Seria de trinta quadras valendo mil onças de ouro.

Festa na pequena Vila, gente de toda região se aprochegou. Mas para a infelicidade do pequeno negro, ele veio a perder aquela carreirada e o Estancieiro acabou lhe castigando e ainda o recomendou de cuidar toda a tropilha. Então ao cair da tarde o pequeno menino recolheu um por um dos cavalos reunindo assim a tropilha junto a casa, quando alto da noite um inesperado e forte temporal assustou a tropilha que se dispersou campo a fora. Durante a madrugada fria o negrinho exausto pelos campos procurando o baio e tropilha, ajoelhou-se e rogou por Nossa Senhora sua madrinha ascendendo um toco de vela que a cada pingo no chão iluminou a noite do pequeno negro, mas o dia amanhecia e o menino cambaleando não resistiu e caiu ao chão pra descansar.

Este foi o infortúnio do negrinho, pois ali o procurando encontrava-se o temido estancieiro que ao vê-lo deitado como se estivesse abusando da própria sorte, quanto mais sem a tropilha, nem pensou muito e ao olhar um formigueiro próximo, juntou o guri com um forte sacolejo e o jogou brutalmente nas milhares de formigas enfurecidas. Passaram-se três dias e três noites e o pequeno pobre ainda lá, quando piedosa com os cruéis maus tratos que o negrinho sofria Nossa Senhora toda vestida de branco veio ao auxílio de seu afilhado, aproximaram-se também toda a bichara e o Baio se achegou pra mais perto do pequeno negro ainda deitado sobre o formigueiro. Lambia a face do negrinho e como que por milagre feliz assistiu ao doce negrinho erguer-se altivo e num golpe só apeou ao Baio e ao sair sob os olhos cheios de ternura de Nossa Senhora via também a velha estância agora se iluminar de luz e alegria divina. E a quem perder algo e ascender um toco de vela e com fé pedir ao Negrinho terá seu pedido alcançado.

Ficha Técnica:

Direção: Ranulfo Homem

Adaptação: Rafael Homem

Roteiro: Rafael Homem

Cenografia: O Grupo

Figurino: Celina Velho

Técnica: Luva e Vara / Manipulação Direta

Público (Faixa etária): Todas as idades

Direção: Ranulfo dos Santos

Adaptação: O Grupo

Roteiro: Rafael Homem

Público (Faixa etária): Todas as idades

Manipuladores: Ranulfo dos Santos, Rafael Homem

Técnico Som: O Grupo

Técnico Luz: O Grupo

Montador: O Grupo

Carregador: O Grupo

Serviço:

Dia: 30 de abril de 2015 (quinta-feira).

Horários: 15h e 20h.

Local: Sala A2B2 - 2º andar CCMQ (Andradas, 736).

Entrada franca.

SEDAC